O câncer de mama é a neoplasia maligna com uma das maiores incidências no mundo, com mais de 2 milhões e seiscentas mil mulheres sendo diagnosticadas anualmente. Embora seja uma doença mais prevalente em mulheres, cerca de 3% das neoplasias de mama ocorrem em homens.
O câncer de mama geralmente se inicia nas células que produzem o leite na glândula mamária (carcinoma ductal), mas pode se iniciar nos lóbulos (carcinoma lobular infiltrante) ou no tecido de sustentação mamário (sarcomas).
O surgimento do câncer de mama é multifatorial, sendo já identificadas a influência do estado hormonal (menopausa versus eumenorréicas), de estilo de vida (sedentarismo), sobrepeso, tabagismo e fatores genéticos.
Menos de 10% das neoplasias de mama estão relacionadas a mutações genéticas. Os genes mais conhecidos são o BRCA1 e BRCA2, cujas mutações aumentam significativamente a chance de câncer de mama e ovário.
Sintomas
O sintoma mais frequente no câncer de mama é a presença de nódulo palpável pela própria paciente. Outros sintomas podem ser o sangramento pelo mamilo ou em casos mais avançados (ou agressivos) a infiltração e inflamação da pele da mama.
Fatores de risco
Existem diversos fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolvimento do câncer de mama, como:
- Sexo feminino
- Idade – O risco de câncer de mama aumenta com a idade
- História pessoal de patologia mamária – A presença de carcinoma lobular in situ ou hiperplasia atípica da mama (diagnosticados por biópsia) aumentam o risco. Se você teve câncer de mama, o risco de desenvolver a neoplasia na outra mama é mais alto.
- História familiar de câncer de mama – Embora a maioria dos diagnósticos não tenham história familiar, o diagnóstico prévio em parentes de primeiro grau (mãe, irmãs ou filhas), particularmente em idades jovens aumentam o risco. Famílias com mutações genéticas (BRCA1/BRCA2) têm incidência aumentada.
- Obesidade
- Tempo de menstruação – Apresentar a primeira menstruação muito jovem ou menopausa em idade avançada aumentam o risco.
- Reposição hormonal – Mulheres que fazem terapia de reposição hormonal para tratamento de sintomas da menopausa podem apresentar maior risco.
- Ingestão de álcool e tabagismo – Aumentam em 10 x o risco de câncer de mama
Prevenção
Manter hábitos alimentares saudáveis, não fumar, não ingerir álcool (ou se ingerir, que seja em quantidade moderada) e exercitar-se regularmente (pelo menos 3 vezes por semana).
Diagnóstico Precoce
É muito importante que você conheça seu corpo. Realize o autoexame das mamas mensalmente. Conhecendo suas mamas, você poderá facilmente identificar a presença ou aumento de nódulos, alterações da pele ou do mamilo. Nessas situações um médico deverá ser consultado, independente da idade da mulher.
Realize regularmente o rastreamento por exames. Hoje existem métodos radiológicos muito sensíveis como a ultrassonografia, a mamografia e a ressonância magnética que podem realizar o diagnóstico precoce, tornando o tratamento menos agressivo e melhorando muito as chances de cura. Converse com seu ginecologista ou mastologista sobre o exame radiológico mais adequado para rastreamento na sua idade.
Tratamento
O tratamento do câncer de mama é quase sempre multiprofissional. Envolve o cirurgião (mastologista) que determina a melhor opção cirúrgica (variando entre pequenas cirurgias até a retirada de todo o tecido mamário), o oncologista clínico que avalia a necessidade de tratamento sistêmico (quimioterapia, hormonioterapia ou imunoterapia) e quando ele deve ser realizado (antes ou após a cirurgia) e o radioterapeuta, que avalia a necessidade de irradiação após as abordagens anteriores.
O tratamento do câncer de mama evoluiu muito nas duas últimas décadas, com o surgimento de novas drogas que são mais ativas e seguras, oferecendo maiores taxas de cura às pacientes.
Atualmente existem testes laboratoriais que avaliam a expressão de determinados genes, que direcionam ao melhor tratamento, fazendo com que as terapias sejam mais individualizadas.
Na maioria das vezes, há necessidade de alguma forma de tratamento sistêmico como a hormonioterapia (bloqueio de receptores hormonais por medicamentos orais ou injetáveis), quimioterapia (oral ou injetável) e a imunoterapia.
A São Paulo Oncologia Clínica tem uma equipe de profissionais experientes no tratamento do câncer de mama, com estudos publicados sobre este assunto em importantes revistas científicas. Seu oncologista irá determinar junto com você quais são as melhores opções de tratamento, baseado em seus fatores de risco e características do tumor.
Juntos, vocês definirão a melhor abordagem, sempre com intuito curativo.